quarta-feira, 29 de maio de 2013

CORPUS CHRISTI


“ISTO É O MEU CORPO, ISTO É O MEU SANGUE!”
RESUMO DA HISTÓRIA E IMPORTÂNCIA DA FESTA DE CORPUS CHRISTI
A festa de Corpus Christi, expressão latina que significa Corpo de Cristo, é celebrada pelos  católicos na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade e é considerada "Festa de Guarda", que segundo o mandamento da Lei de Deus, deve ser reservada à oração, ao louvor e ação de graças a Deus, sendo preceito obrigatório a participação na solene missa.
A procissão pelas ruas acontece por recomendação do cânone 944 do Código de Direito Canônico com a finalidade de "testemunhar publicamente a adoração e a veneração à Santíssima Eucaristia” um dos sete Sacramentos da Santa Igreja Católica, por meio do qual o PRÓPRIO DOADOR dos Sacramentos doa-se.
Conforme a tradição cristã, foi na quinta-feira que antecedeu a sua páscoa, que Jesus reuniu  os apóstolos para a última ceia, e em momentos distintos tomou o pão e o vinho, rendeu graças ao pai do céu e proclamou: “Isto é o meu corpo (apresentando o pão) e isto é o meu sangue (apresentando o cálice com o vinho)” tomai-os, comei e bebei e fazei isso sempre em minha memória, configurando assim a celebração da missa, tornando-se mistério da fé, sacramento eterno da presença real de Jesus em nosso meio e alimento espiritual.
A festa de Corpus Christi tem origem na Bélgica em 1208, quando a Santa Juliana de Mont Cornillon fora por Deus escolhida para comunicar ao mundo esse desejo celeste. A jovem monja agostiniana contava apenas com 16 anos, quando fora objeto de uma singular visão: um refulgente disco branco, semelhante à lua cheia, tendo um dos seus lados obscurecido por uma mancha. Após alguns anos de intensa oração, fora-lhe revelado o significado daquela luminosa “lua incompleta”: ela simbolizava a Liturgia da Igreja, à qual faltava uma solenidade em louvor ao Santíssimo Sacramento.
Mais de vinte anos se passaram até que a piedosa monja, dominando a repugnância proveniente de sua profunda humildade, se decidisse a cumprir sua missão, relatando a mensagem que recebera. A pedido seu, foram consultados vários teólogos, entre o quais o padre Jacques Pantaléon — futuro Bispo de Verdun e Patriarca de Jerusalém —, e este se mostrou entusiasta das revelações de Juliana.
Transcorridas algumas décadas, depois da morte da vidente, quis a Divina Providência que Dom Pantaléon fosse elevado ao Sólio Pontifício, em 29 de agosto de 1261, tornando-se o “Papa Urbano IV” que estando em Orvieto (Itália) durante o verão de 1264, tomou conhecimento de que, a pouca distância dali, na cidade de Bolsena, durante a celebração de uma Missa na Igreja de Santa Cristina, o padre Pedro de Praga, da Boêmia, que passava por provações de dúvidas quanto a presença real de Cristo na Eucaristia, veria transformar-se em suas próprias mãos a Sagrada Hóstia em um pedaço de carne, que derramava abundante sangue sobre os corporais.
A notícia do milagre espalhou-se rapidamente pela região. Informado de todos os detalhes, o Papa Urbano IV ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto em procissão. Quando o Papa, acompanhado de numerosos Cardeais e Bispos, saiu ao encontro da procissão formada para conduzi-la à catedral e pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.
Em 11 de agosto de 1264, dois meses antes de sua morte, Urbano IV emitia a bula Transiturus de hoc mundo (passando deste mundo), pela qual determinava a solene celebração da festa de Corpus Christi em toda a Igreja. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. Uma afirmação contida no texto do documento deixava entrever os motivos que contribuíra para a promulgação da mencionada festa no calendário litúrgico: “Ainda que renovemos todos os dias na Missa a memória da instituição desse Sacramento, estimamos, todavia, conveniente que seja celebrada mais solenemente pelo menos uma vez ao ano para confundir particularmente os hereges; pois, na Quinta-Feira Santa a Igreja ocupa-se com a reconciliação dos penitentes, a consagração do santo crisma, o lava-pés e muitas outras funções que lhe impedem de voltar-se plenamente à veneração desse mistério”.
O mesmo papa Urbano chegou a determinar a construção da belíssima Catedral de Orvieto, consagrada à virgem Maria, na qual viria repousar a relíquia do corporal de Bolsena, cuja pedra fundamental foi lançada em 13 de novembro de 1290, levando três séculos para ser concluída. Antes disso, porém, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no século XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.
Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo.
Assim, a solenidade do Santíssimo Corpo de Cristo que completa a festa da instituição da Eucaristia, nascia também para contra restar a perniciosa influência de certas ideias heréticas que se alastravam entre o povo, em detrimento da verdadeira Fé, com a tríplice finalidade de HORAR JESUS CRISTO, PEDIR PERDÃO PELO QUE FOI FEITO A ELE e PROTESTAR CONTRA A HERESIA DOS QUE NEGAM A PRESENÇA DIVINA NA HÓSTIA SANTA.
A consagração das espécies do pão e do vinho, que ocorre em todos os altares do mundo, durante a missa chama-se transubstanciação, pois embora mantenham suas aprarências naturais, tornam-se, por Dom de Deus e Obra do Espírito Santo o Próprio Corpo e Sangue de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, entregue na cruz e derramado no calvário para a remissão de nossos pecados.
Cremos que na Eucaristia, tando na espécie de pão como na de vinho, em conjunto ou isoladamente, Jesus está plenamente presente, de corpo, sangue, alma e divindade, participemos, portanto, deste importante momento da nossa fé cristã.
João Evangelista

Fontes:           http://pt.wikipedia.org


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