quarta-feira, 21 de março de 2012

PROTETOR SOLAR E OS AGENTES DE TRÂNSITO

O sol é uma central termonuclear que produz uma imensa radiação eletromagnética. A energia solar está constituída por 56% de raios infravermelhos, 39% de luz visível e 5% de raios ultravioletas, a exposição solar constitui um fator de risco determinante. Assim, um indivíduo que trabalha em ambiente fechado recebe 3% do UV ambiental, enquanto que os indivíduos que trabalham ao ar livre estão submetidos a 25% do UV.

Os efeitos do sol sobre a pele podem ser benéficos, pois, o sol é indispensável para a vida na terra, tanto vegetal como animal. No homem é responsável pela ação calórica devida aos raios infravermelhos (cujo excesso é responsável pela insolação), pela ação antirraquítica, pela síntese de vitamina D na epiderme, ação antidepressiva e de regulação dos ritmos circadianos, provavelmente por modulação da secreção de melatonina pela influência da luz visível.

No entanto, estes efeitos benéficos não devem ocultar os efeitos nefastos, que dependem da dosagem e da longitude da onda da radiação. Como principais efeitos, temos:

1. A queimadura solar: deve ser vista como um alerta que nos permite evitar uma exposição abusiva. Habitualmente, é imputável a imprudência do indivíduo que sofre a queimadura solar;

2. O câncer cutâneo: é provocado pela ação cancerígena do UV e afeta as partes descobertas, particularmente dos indivíduos que trabalham ao ar livre e que estão submetidos a uma extensa exposição solar;

3. O melanoma cutâneo: é provocado pela exposição da gênese do melanoma ao Sol. Vários trabalhos comprovam que as exposições violentas são responsáveis pelas queimaduras e que o risco é mais elevado na população branca;

4. O envelhecimento cutâneo fotoinduzido: ao longo da vida, a pele passa por modificações progressivas, algumas das quais são devidas ao envelhecimento intrínseco, outras são imputadas às agressões extrínsecas do meio ambiente, especialmente a exposição solar crônica, responsável pelas trocas dermoepidérmicas, diferentes daqueles ligados ao envelhecimento cronológico.

Outras ações secundárias do sol na pele, mais comuns e de grande importância, são: o aumento da aspereza, das rugas, da flacidez e da pigmentação e a diminuição da elasticidade.

A prevenção de todos estes males da pele, sobretudo do câncer cutâneo passa, necessariamente, pela redução à exposição solar e a prevenção e fotoproteção (com vestuário e produtos de uso tópicos, como o protetor solar) desde a infância.

O fator de proteção solar (FPS) é uma medida usada por pesquisadores para determinar o grau de proteção solar dado por um filtro. É considerado o tempo de exposição solar em que a pele fica vermelha sem filtro que é tanto menor quanto mais clara for a pele, devendo ser utilizada uma quantidade de filtro de 2 mg/cm² de pele.

O FPS é o tempo que a pele levaria para ficar vermelha usando o filtro. Por exemplo: Se uma pele clara fica ruborizada em 3 minutos de exposição solar com um filtro FPS 30 ficaria ruborizada na mesma intensidade em 90 minutos, mas isso se fosse utilizada a quantidade de 2 mg/cm². Na prática se usa muito menos, uma camada que não chega à 1 mg/cm². Portanto o tempo de proteção é menor que os 90 minutos da teoria, e também há que se levar em consideração a qualidade do produto.

Quando o protetor solar sai com a água e o suor, como é o caso dos agentes de trânsito (entre outros servidores quer trabalham ao ar livre e que ficam expostos às intempéries), diminui mais ainda o tempo de proteção. Devendo-se passar camadas mais grossas de filtro, e se estiver exposto ao sol forte ou por muito tempo, deve-se repetir a aplicação em intervalos de 2 horas.

Mesmo com o céu nublado a exposição solar só diminui em 10%, é quase como se não houvesse nuvens, ou seja, é necessária a fotoproteção.
A quantidade de filtro a ser utilizada deverá ser a maior que seja confortável e economicamente viável.

(fonte: site da Sociedade Brasileira de Medicina Estética – SBME (www.sbme.org.br, acessado em outubro de 2010)

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